Um pouco de diversidade, pra diversificar um pouco...

Mulato, negro, branco, caboclo, índio, europeu, asiático, africano, nativo, candomblé, cristão, espirita, tudo junto e misturado... Brasileiro.

Que nação no mundo tem tanta diferença vivendo junta, e melhor ainda, misturada, quanto o Brasil? É impossível encontrar um brasileiro que não tenha mistura de todas as raças que vieram para o nosso território, além do sangue dos nativos que aqui já existiam. Essa mistura fez do nosso país um território único e admirado pelo restante do mundo quando o assunto é diversidade, e não existe “gringo”, seja latino ou europeu, que não se apaixone por esse samba de raças que o Brasil colocou no mundo.

Ande pelas ruas de qualquer cidade brasileira, e repare como é incrível ver que ninguém tem tom de pele igual. Mas convenhamos, depois de tanto tempo que as migrações começaram por aqui, não é de se esperar que alguém tenha mantido 100% da descendência, não tem jeito, no meio do caminho misturou e não foi pouco, nem poucos, fomos todos.

Mas já falando em descendência e migração, nada melhor que falar do composto de religiões que elas trouxeram. Por menor que seja a cidade, não é nada difícil encontrar igreja evangélica, católica, centro espirita, umbanda e por aí vai, tem de tudo. Liberdade e mobilidade religiosa já são elementos da cultura brasileira , não esquecendo o respeito acompanhando, seja para qualquer crença e até para os ateus por que não? Afinal é direito de cada um escolher no que acreditar, a partir disso a obrigação do próximo é somente de não discriminar.

E é nesse caldeirão multicultural, que a gente consegue ver como somos diferentes um dos outros, não apenas por tom de pele, descendência, mas também gostos e opiniões. Somos todos diferentes, não existe ninguém igual ao outro e cada um é livre para se expressar da forma como quiser, respeitando a escolha alheia cada um tem o direito de agir como bem entender.

Diferente do que se vê em outros países, no Brasil não existe separação étnico-racial por bairros ou cidades, tampouco grupos organizados de ódio e superioridade racial ou religiosa. Então surge a pergunta, se esses aspectos negativos tão horrendos são escassos, ou ainda, inexistentes em nosso país, porque, ainda existe preconceito?

Não, essa pergunta não vai ser respondida nesse parágrafo, nem nesse artigo, e talvez nem nos próximos, mas será colocada aqui em questão para que aqueles que o leiam reflitam. Se tanta mistura fez uma nação, como é possível que ainda existam pessoas que não tenham percebido que a própria origem do seu país o impede de praticar qualquer tipo de descriminação ou racismo. Mas também não temos que tampar nossos olhos e dizer que todos somos iguais, porque não somos. E isso não é ruim, muito pelo contrário é ótimo, é divertido e é fascinante, tamanha diversidade faz com que o fato de ser diferente para o brasileiro seja normal, e de fato deve ser, pois como já mencionado, todos somos diferentes.

Até uma próxima.

 

Por Marcus Neves
Direção de Evenos Canal Campinas
Graduando em Gestão de Políticas Públicas - UNICAMP/FCA